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«Não há no mundo romano complexo mineiro como o de Tresminas»

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São 40 anos de investigação científica no Complexo Mineiro Romano de Tresminas e Jales. Orlando Sousa, que atualmente assume a presidência do ICOMOS Portugal (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), recordou a primeira visita a Tresminas na primavera de 1985 em que «entre túneis, galerias e cortas, para mim foi um abrir de olhos do que era a monumentalidade de um conjunto mineiro romano» assumindo agora que «não há no mundo romano complexo mineiro como este».

A sessão de abertura contou com as presenças da presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, que realçou o facto dos recursos naturais serem «a grande riqueza» do nosso território, do vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P. (CCDR-NORTE, I.P.), Jorge Sobrado, que realçou que o património «é a chave mestra» da coesão territorial, do coordenador do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Geológico e Mineiro de Portugal, Bernardo Lemos que relevou a existência de dois pólos mineiros numa curta distância geográfica e do presidente da Junta de Freguesia de Tresminas, António Teixeira que se mostrou orgulhoso pelo reconhecimento da sua terra que «está de portas abertas». Nesta sessão, foi elogiada a investigadora Regula Wahl-Clerici, pelo seu trabalho em Tresminas e promotora de um conjunto de colaborações internacionais.

O Simpósio GOLD, que comemora 40 anos de investigação científica no territorium metallorum Tresminas/Jales reúne em Vila Pouca de Aguiar investigadores provenientes de diferentes âmbitos geográficos que, ao longo da sua carreira se têm dedicado à Antiguidade Clássica, desenvolvendo estudos e pesquisas em matérias como a mineração, a tecnologia ou a sociedade romana. Neste simpósio estão representadas instituições como a Universidade de Oxford, onde o arqueólogo e Professor Andrew Wilson tem aprofundado o conhecimento científico sobre a economia romana, e a Universidade de Frankfurt, de onde procedem os oradores Fleur Kemmers, Diana Grethlein, Markus Scholz e Markus Helfert, com experiência em temas como a numismática e a sociedade romanas, e que tem um histórico de colaboração com o projeto de valorização de Tresminas.

As Universidades de Colónia e Hamburgo também comparecem a este encontro científico, dando a conhecer os trabalhos realizados em ambientes mineiros romanos por Norbert Hanel na Sardenha (Itália) e por Frank Hulek na região de Laurion (Grécia), bem como os estudos desenvolvidos recentemente no território mineiro de Tresminas por Thomas Kersten, Maren Lindstaedt e Klaus Mechelke, através da aplicação de novas tecnologias e de métodos não-invasivos.

O programa inclui a apresentação de conjuntos arqueológicos icónicos como Magdalensberg, na Áustria, por Desiree Ebner-Baur e Heimo Dolenz do Kärnten Museum (Carinthia), e as minas de La Bessa, no norte de Itália, por Aldo Rocchetti, do Museu Dell’Oro e Della Bessa (Biella). Os espaços mineiros romanos declarados Património Mundial pela UNESCO, Rosia Montana ou Alburnus Maior (Transilvânia, Roménia) e Las Médulas (León, Espanha) encerram o encontro científico alusivo à temática do ouro no Império Romano mediante as exposições de Peter Thomas (Deutsches Bergbau-Museum Bochum) e Jimena Martínez (Fundación Las Médulas). O evento inclui ainda a antestreia do documentário internacional “The Genius of Roman Gold Mining”, produzido por Rick Spurway com o apoio das Universidades de Oxford e Viena de Áustria.

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